Dor de cabeça: a origem para diversas doenças neurológicas

Por: Dr. Nicollas Rabelo | 26 de Setembro de 2023

A dor de cabeça é um problema bastante comum em nossas rotinas diárias. Entretanto, em alguns casos, ela pode estar escondendo problemas mais sérios como as doenças neurológicas.

Por parecer comum, deixamos de lado a dor e seguimos com a vida. Além disso, nos automedicar sem sequer notar que podemos estar apenas adiando um problema maior, pode ser fatal, dependendo da situação.

A cefaleia, como também é chamada, atinge cerca de 140 milhões de brasileiros. Esse número representa mais da metade da população brasileira, segundo o IBGE.

Portanto, vamos entender melhor: o que é a dor de cabeça, quais os tipos e como prestar mais atenção em doenças neurológicas que podem surgir através de uma simples dor.

O que é a dor de cabeça?

É uma condição frequente que muda de intensidade e característica. Ela pode se classificar em dois tipos: primário e secundário. Ou seja, a dor pode ser causada pelas estruturas de nosso cérebro ou por outras doenças pré-existentes que ocasionam o mesmo sintoma.

No entanto, a dor pode se manifestar em diferentes áreas de nossa cabeça e se estender ao pescoço. Incluindo também, vasos sanguíneos, estruturas intracranianas e extracranianas, músculos, estruturas do ouvido, dos olhos e da face, e nas estruturas dentais.

O desconforto e o incômodo causado pela cefaleia é sempre sinal de que algo no seu corpo não está certo. Além disso, diversos fatores podem estar associados a uma simples dor de cabeça, como em sinusites, resfriados, estresses, gripes e outros.

Mas, em casos mais graves ela pode resultar em aneurismas, tumores cerebrais, AVC, lesões cranianas, doenças oftalmológicas e mais. Porém, há dores que não é possível definir uma causa exata.

Por isso, se persistir a dor de cabeça por semanas ou meses, você precisa ir ao médico imediatamente para a realização de exames. De lá, com o diagnóstico correto, poderá seguir com o tratamento adequado.

Quais são os tipos de cefaleia?

Antes de especificarmos, existem dois tipos de cefaleias e devemos estar atentos sobre qual a que estamos sofrendo no momento em que acontece a dor.

Cefaleia primária

O primeiro tipo é a cefaleia primária é do tipo tensional, pois a dor é de leve a moderada e não é pulsátil. As mais comuns são:

Cefaleia em salvas

Acontece de maneira pulsátil, mais forte e se manifesta em um lado da cabeça, geralmente na face ou na órbita e no fundo dos olhos. Com a dor causada, a pessoa pode ter vermelhidão no olho, lacrimejamento, coriza e queda na pálpebra na região ocular afetada.

As crises se manifestam diversas vezes durante o dia ou por meses, mas também desaparecem de uma hora para outra.

Enxaqueca

Mais comum entre as mulheres, é um problema que pode surgir em qualquer fase da vida. Porém, geralmente, aparece no início da adolescência.

O sintoma mais predominante é a dor de cabeça média ou forte que pode variar de intensidade. Além disso, problemas como náuseas, aversão à luz, aos sons e aos movimentos, embaçamento na visão ou irritabilidade, são alguns dos sintomas que surgem nas crises de enxaqueca.

Cefaleia tensional

É uma dor leve ou moderada que ocorre na musculatura cervical e ao redor do crânio. Ela se classifica como aguda ou crônica e, no geral, o paciente sente na região da testa, nuca ou na parte de cima da cabeça.

As dores surgem como uma sensação de aperto ou pressão e podem variar de intensidade durante o dia, mas não impede a rotina.

Cefaleia secundária

Esse segundo tipo ocorre quando outros fatores contribuem para uma dor de cabeça. Por exemplo, crises de sinusite ou rinite, infecções, lesões, hipertensão arterial e outros.

Ou seja, a cefaleia secundária acontece por consequência de outra alteração corporal e pode indicar doenças neurológicas. Dentre elas, podem desencadear problemas maiores, como:

Epilepsia;
Esclerose múltipla;
Neuropatia periférica;
Convulsões;
Distúrbios da consciência e da memória;
Dor nas costas;
Vertigem;
Mal de Parkinson;
Alzheimer;
Tumores e hemorragias cerebrais;
Acidente Vascular Cerebral;
Acidente Vascular Encefálico;
Meningite;
Hemorragia subaracnóidea;
Trombose venosa cerebral;
Doenças nos nervos e raízes nervosas, como a síndrome do túnel do carpo.

Quais sintomas devo me preocupar?

Quando a dor de cabeça é acompanhada de outros fatores que contribuem para um incômodo maior, é necessário que você vá imediatamente a um médico para uma avaliação.

A cefaleia pode vir juntamente com algum destes sintomas, como:

Febre;
Perda de força em algum membro;
Perda ou alterações na visão;
Rigidez cervical.

Tratamento para cefaleia

O tratamento para a dor de cabeça varia de acordo com o histórico contado pelo paciente durante a consulta.

Durante a consulta, o médico pode receitar medicamentos variados que combatem a dor. Mas, caso ela persista, podem ser solicitados exames complementares para descobrir a origem.

Com estes exames, o médico pode avaliar as artérias cranianas, coluna cervical, a situação cardiovascular e renal, pressão arterial, exames de urina, exames oculares como a fundoscopia ou medição da pressão intraocular.

Um dos exames comuns é o cefaliátrico, que se divide em etapas e técnicas que avaliam todas as estruturas da cabeça que podem se relacionar com a cefaleia sentida.

No entanto, é importante salientar que se sua dor de cabeça está atrapalhando sua rotina, procure um neurologista para um diagnóstico correto.

Onde encontrar um neurocirurgião?

Se você reside na região de Passos ou em Paracatu, em Minas Gerais, pode se consultar com o Dr. Nicollas Rabelo. Ele é especialista em neurocirurgia vascular, base de crânio e neurointensivismo.

O Dr. Nicollas trabalha com exames preventivos que auxiliam em um diagnóstico precoce e direciona para um tratamento específico de acordo com a situação de cada paciente.

Além disso, o Dr. Nicollas tem especialidades na realização de cirurgias minimamente invasivas, tratamento de bloqueio lombar, aneurisma cerebral, hérnia de disco, dor nas costas e mais.

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